Entregadores de aplicativos cruzam os braços por melhores condições de trabalho

Entregadores de aplicativos cruzam os braços por melhores condições de trabalho

31 de março de 2025 0 Por Redação Em Notícia

Categoria  reivindica aumento nas taxas pagas e melhores condições de trabalho

Entregadores que trabalham para aplicativos como iFood, 99 e Uber iniciaram nesta segunda-feira (31) uma paralisação nacional que deve se estender até terça-feira (01/04). A categoria reivindica um aumento nas taxas pagas pelas plataformas.

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Vídeos convocando os entregadores para a paralisação, também chamada de “breque”, circularam nas redes sociais nas últimas semanas, alguns alcançando milhões de visualizações. Junior Freitas, uma das lideranças do movimento em São Paulo, afirmou que a iniciativa visa pressionar tanto as empresas quanto o poder público.

Na capital paulista, o protesto se concentrará na sede do iFood, considerada pelas lideranças a plataforma mais importante do setor, cujos valores servem de referência para as concorrentes.

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A manifestação está prevista para ocorrer em 59 cidades, incluindo 19 capitais: Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Maceió (AL), Recife (PE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Brasília (DF).

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Reivindicações dos entregadores:

  • Mínimo de R$ 10 por corrida
  • Aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50
  • Limitação da atuação de bicicletas a um raio de 3 km
  • Pagamento integral de pedidos agrupados na mesma rota

Posicionamento das empresas:

A Amobitec (associação que reúne iFood, 99, Uber e Zé Delivery) informou, em nota, que as empresas estão em diálogo com os entregadores e apoiam a regulamentação do trabalho intermediado por plataformas. A entidade citou uma pesquisa do Cebrap que aponta um crescimento médio de 5% na remuneração dos entregadores acima da inflação entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora.

O iFood, por sua vez, enviou um e-mail aos entregadores argumentando que aumentou os valores do quilômetro rodado e da taxa mínima nos últimos três anos. A empresa também pediu que o movimento seja pacífico e não prejudique estabelecimentos ou trabalhadores que não aderirem à paralisação.

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