Ataque israelense no Líbano resulta na morte de comandante do Hezbollah, intensificando conflitos na região.

Wissam al-Tawil, vice-líder da força de elite Radwan, é vítima de ataque em operações no sul do Líbano; tensões aumentam após mais de 130 combatentes do Hezbollah perderem a vida em hostilidades na fronteira com Israel desde outubro

Em mais um episódio dos conflitos na região do Oriente Médio, um ataque israelense no sul do Líbano resultou na morte de Wissam al-Tawil, vice-líder da força de elite Radwan do Hezbollah. As hostilidades ocorreram nesta segunda-feira (8), a cerca de 6 quilômetros da fronteira, no vilarejo de Majdal Selm.

Fontes de segurança, familiarizadas com as operações do grupo no país, informaram à Reuters sobre o episódio, destacando que al-Tawil e outro combatente do Hezbollah perderam a vida quando o carro em que estavam foi atingido. O ataque intensifica uma série de conflitos que já resultaram na morte de mais de 130 combatentes do Hezbollah desde outubro do ano passado, quando o Hamas iniciou ataques a partir de Gaza, desencadeando uma série de eventos que se espalharam pela região.

Wissam al-Tawil, uma figura proeminente da força Radwan, foi apontado como um dos comandantes mais graduados do Hezbollah mortos durante as hostilidades. Fotos divulgadas pelo grupo mostram al-Tawil ao lado de líderes, como Sayyed Hassan Nasrallah e Imad Mughniyeh, ressaltando sua importância na estrutura do Hezbollah.

O ataque israelense não teve um comentário imediato das autoridades de Israel, enquanto o Hezbollah, em resposta, afirmou ter atingido um importante posto de observação israelense com 62 foguetes no sábado (6), considerando como uma “resposta preliminar” à morte de Saleh al-Arouri, vice-líder do Hamas, em um ataque na semana anterior.

A tensão na região se intensificou ainda mais com a morte de líderes importantes de ambos os lados. O vice-líder do Hamas foi morto nos subúrbios do sul de Beirute, área controlada pelo Hezbollah, e o conflito parece longe de uma resolução pacífica.

O secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Nasrallah, em discursos transmitidos pela televisão na semana passada, advertiu Israel a não iniciar uma guerra em grande escala no Líbano, afirmando que qualquer tentativa nesse sentido resultaria em arrependimento. O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, destacou que o grupo não busca iniciar uma guerra total, mas se Israel optar por uma abordagem agressiva, responderá sem hesitação e com todos os recursos disponíveis.

O episódio recente adiciona mais um capítulo à complexa dinâmica geopolítica da região, onde alianças e rivalidades desempenham um papel crucial em um cenário já marcado por décadas de conflitos e disputas.