PM que jogou homem de ponte é indiciado por tentativa de homicídio; outros seis agentes também respondem
19 de dezembro de 2024Corregedoria da PM de SP indica que policial militar jogou homem de ponte propositalmente; caso gera revolta e investigações
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo indiciou na quarta-feira (18) o soldado Luan Felipe Alves Pereira por tentativa de homicídio após arremessar um homem de uma ponte na zona sul da capital no dia 1º de dezembro. Além dele, outros seis agentes envolvidos na ocorrência foram indiciados por crimes como prevaricação, lesão corporal e peculato culposo. Todos os envolvidos estão afastados de suas funções.
O caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo, está sendo investigado em diversas frentes. A Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), também abriu inquérito para apurar os fatos.
De acordo com as investigações da Corregedoria, o policial Luan Felipe Alves Pereira teria jogado propositalmente o homem da ponte, apesar de ter alegado em seu depoimento que a intenção era apenas imobilizá-lo. O militar já possui um histórico de acusações, tendo sido indiciado anteriormente pela morte de um suspeito em Diadema. Esse caso, que tramitou na Justiça Militar e comum, foi arquivado em janeiro deste ano.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo determinou o afastamento imediato dos 13 policiais envolvidos na ocorrência e o governador Tarcísio de Freitas repudiou veementemente a ação, afirmando que providências seriam tomadas.
O inquérito policial militar segue agora para a Justiça Militar, que irá analisar as provas e decidir se oferece denúncia contra os envolvidos. O Ministério Público de São Paulo também acompanhará o caso e poderá solicitar novas diligências ou o arquivamento do processo.
A conduta dos policiais também está sendo apurada na esfera administrativa, onde a Corregedoria irá avaliar as responsabilidades de cada um dos envolvidos.
O caso evidencia a necessidade de uma investigação profunda e rigorosa para apurar as responsabilidades de todos os envolvidos e garantir que a justiça seja feita. A sociedade civil acompanha atentamente o desenrolar das investigações e cobra punição exemplar para os envolvidos.