Morador de Americana preso em operação contra tráfico de armas ao Comando Vermelho
13 de maio de 2025Ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu suspeito em Americana e outros nove em três estados, desarticulando esquema de fornecimento de armamento e lavagem de dinheiro para facção criminosa
Um residente de Americana foi detido na manhã desta terça-feira (13) em sua residência, localizada no bairro Riviera Tamborlim, durante uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 60ª DP (Campos Elíseos) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O indivíduo é investigado por suspeita de fornecer armamento para a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A operação, denominada “Contenção”, resultou na prisão de dez suspeitos no total: quatro em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, um em Mato Grosso e um em Rondônia. A investigação, que perdurou por dois anos, revelou um esquema sofisticado de fornecimento de armas destinado ao fortalecimento e à expansão territorial da facção no Rio de Janeiro, incluindo a Zona Oeste da capital, e em outros estados da federação.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso operava com núcleos em diversas comunidades cariocas e mantinha integrantes em outros estados, praticando também a lavagem de dinheiro. Durante o curso da investigação, foi identificada uma movimentação financeira de R$ 5 milhões em um período inferior a um mês. Diante disso, as autoridades representaram pelo bloqueio de aproximadamente R$ 40 milhões em bens e valores pertencentes a pessoas físicas e jurídicas vinculadas à organização criminosa.
A operação “Contenção” visa a desarticulação financeira do grupo, buscando interromper a logística de obtenção de armas e drogas para lideranças do CV atuantes em diversas comunidades. A ação contou com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Receita Federal, do Exército Brasileiro e do Homeland Security Investigations (HSI) dos Estados Unidos, além do apoio de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e das Polícias Civis de São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. Em etapas anteriores da operação, já havia sido solicitado o bloqueio de mais de R$ 6 bilhões em bens e valores da facção criminosa.