Governo Paulista sem saber como agir na pandemia, prorroga Fase de Transição

Governo Paulista sem saber como agir na pandemia, prorroga Fase de Transição

9 de junho de 2021 0 Por Redação Em Notícia

O governador do Estado de São Paulo, João Agripino Doria Jr ou simplesmente João Doria, mostra-se alheio aos efeitos nefastos da pandemia.  Inepto, em meio ao caos em que o Estado e o colapso humanitário em que se encontra o território paulista, com o agravamento dos casos de pacientes de Covid, com os hospitais mantendo 100% de ocupação de seus leitos destinados para os pacientes pandêmicos, apesar disso, segue agindo como se nada estivesse ocorrendo.

O governo paulista decidiu, mais uma vez, prorrogar a “fase de transição” do Plano São Paulo. A expectativa era iniciar uma nova fase a partir de 14 de junho, mais gravosa, com restrições que se impõe necessárias apesar de não ser o desejo de nenhum cidadão, porém são necessárias para o momento presente, como um esforço a mais para que se freie a escalada do vírus na sociedade paulista e que se poupe a vida dos cidadãos paulistas.

Alheio a tudo isso, mas com o crescimento de casos de covid-19 no estado, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo decidiu orientar o governo a manter a fase de transição até o dia 30 de junho. As regras já em vigência serão mantidas, inclusive o toque de recolher entre 21h e 5h.  Isso significa dizer que tudo continua como está, ignorando a realidade, fingindo que nada acontece em nome de uma pseudo nova realidade, em que todos os setores da economia e da sociedade ficam no morno, na meia bomba, na meia fase.

Nenhum habitante do Estado pode ter sua liberdade plena, como antes da pandemia, e também ficam sem medidas enérgicas, porém imperiosas para o momento, com o ímpeto de se aliviar o Sistema Público de Saúde e preservar as vidas.  Uma fase com restrição total de 14 dias, como já foi mostrado pela cidade de Araraquara, dá um alívio de 4 meses para a sociedade e a administração pública. Em vez disso, mantém-se o estímulo para que pessoas desrespeitem as regras esdrúxulas dessa ficção que ele chama de Plano São Paulo, mas que correm recursos financeiros para os cofres estatais por meio das elevadas multas aplicadas.

Qual será o real interesse de João Doria?  Está do lado do interesse comum?  Quer o bem da sociedade?  Ou mira apenas na arrecadação estatal por meio das multas aplicadas em uma pandemia que corre desenfreada por conta de uma gestão inepta, totalmente incapaz de lidar com a situação?  Fica uma reflexão para o leitor.

No mais, cabe lembrar que “as regras da fase de transição”, autorizam comércio e serviços a funcionar entre as 6h e 21h, com limite de 40% de ocupação e seguirá nessa irresponsabilidade gestora até pelo menos o dia 30 de junho.  Isso tudo em face de uma terceira onda que já estaria se instalando e que, segundo os cientistas que tentam lutar contra esse vírus terrível, será mais devastadora do que vivemos até hoje na segunda onda.

Agora seria o momento de impor medidas enérgicas para impedir-se a chegada da terceira onda, e não para brincar de faz-de-conta.

Aumento de casos

Na última semana, o estado de São Paulo apresentou crescimento de 35,1% no número de casos em relação à semana anterior, com média diária de 14.330 novos casos. Esse aumento, segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, se deve a dois fatores: aumento da testagem e problema na plataforma e-SUS, que provocou atrasos no registro de novos casos e um acúmulo de casos na semana passada.

Já as internações cresceram 0,6% na semana passada em relação à semana anterior, com média de 2.688 internações por dia. Os óbitos também tiveram aumento no período: o incremento foi de 19,5%, com média móvel de 417 mortes por dia.

Atualmente, o estado registra 11.189 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 13.358 em enfermarias. Na quarta-feira passada, havia 10.925 pessoas internadas em UTIs, patamar que já era considerado alto.

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