Trump ou Kamala: Especialista explora efeitos econômicos das eleições americanas

Trump ou Kamala: Especialista explora efeitos econômicos das eleições americanas

5 de novembro de 2024 0 Por Redação Em Notícia

Em meio à intensa disputa eleitoral nos Estados Unidos, Matthew Ryan, Head de Estratégia de Mercado da Ebury, avalia os possíveis cenários que podem surgir dependendo do vencedor da corrida eleitoral americana. Com diferenças marcantes em suas abordagens, as escolhas de Trump ou Harris podem redefinir alianças globais, influenciar políticas econômicas e sociais, e moldar o futuro da diplomacia americana.

Comentário de Matthew Ryan:

A eleição dos EUA está em uma situação extremamente acirrada enquanto os americanos vão às urnas, e o resultado parece incerto. Com praticamente nada separando os dois candidatos nos estados decisivos, até mesmo um pequeno erro nas pesquisas pode resultar em uma grande vitória para qualquer um dos candidatos na manhã de quarta-feira. Isso tem feito investidores hesitarem em assumir posições significativas até, pelo menos, a divulgação das primeiras pesquisas de boca de urna, a partir das 17h (horário de Nova York) ou 22h (GMT).

Esse cenário abre margem para oscilações agressivas nos mercados na noite da eleição. Acreditamos que uma vitória de Trump seria positiva para o dólar americano, especialmente sob uma vitória completa dos republicanos, pois os investidores imediatamente precificariam uma redução de impostos nos EUA, elevação das taxas do Federal Reserve, maior protecionismo e riscos geopolíticos elevados. Com uma vitória de Harris, os movimentos nas moedas seriam mais contidos, embora ainda pudéssemos ver uma queda acentuada do dólar e uma valorização nas moedas de mercados emergentes, simplesmente pela precificação de uma derrota de Trump.

Um Congresso dividido dificultaria a aprovação das propostas fiscais de ambos os candidatos, embora Trump não teria problemas em cumprir suas promessas de tarifas. Nesse cenário, veríamos uma forte queda nas moedas de risco, especialmente aquelas na Ásia, que estão fortemente ligadas à economia chinesa e seriam as mais impactadas pelas políticas de “América em Primeiro Lugar” de Trump.

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