Operação policial prende influenciadora digital em Piracicaba por fraudes milionárias com deepfake

Operação policial prende influenciadora digital em Piracicaba por fraudes milionárias com deepfake

1 de outubro de 2025 0 Por Redação Em Notícia

Acusada, conhecida como “Japa”, movimentou R$ 15 milhões em 12 meses e é apontada como líder de quadrilha que usava imagens de celebridades para aplicar golpes eletrônicos

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (1º) uma influenciadora digital residente em Piracicaba, identificada como Laís Rodrigues Moreira e conhecida nas redes sociais como “Japa”, durante a deflagração da Operação Modo Selva. A operação investiga uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas milionárias, com uso de tecnologia deepfake.

Segundo a Polícia Civil, a influenciadora é apontada como uma das líderes do grupo, sendo responsável por movimentar R$ 15 milhões nos últimos 12 meses. Nas plataformas digitais, Laís exibia uma rotina de ostentação, com viagens internacionais e veículos de luxo. As investigações indicam que a mãe da acusada também tinha conhecimento das atividades ilícitas e está sob investigação.

A quadrilha utilizava imagens falsas de celebridades, como a modelo Gisele Bündchen, para enganar vítimas em todo o território nacional. Além disso, a polícia revelou que Laís clonava páginas oficiais de plataformas de jogos lícitas, induzindo usuários a erro ao acreditarem que acessavam sites verdadeiros. A influenciadora também mantinha um perfil onde se apresentava como “professora”, ensinando técnicas de clonagem e disseminação dos golpes a outros integrantes da rede criminosa.

A Operação Modo Selva cumpriu, ao todo, sete prisões preventivas e nove mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, São Paulo e Bahia. Dois suspeitos ainda estão foragidos no exterior, sendo um deles localizado no Chile, e já foram incluídos na lista de procurados da Interpol.

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A Polícia Civil destacou que as investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos e mapear a totalidade dos valores desviados com os golpes. O uso da tecnologia deepfake para fins de fraude é considerado crime no Brasil e pode ser enquadrado em estelionato, falsidade ideológica e crimes cibernéticos, sujeitando os responsáveis a punições nas esferas criminal e civil.

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