Operação “Forja” da Polícia Federal desarticulou fábrica clandestina de fuzis com capacidade para 3,5 mil armas/ano

Operação “Forja” da Polícia Federal desarticulou fábrica clandestina de fuzis com capacidade para 3,5 mil armas/ano

16 de outubro de 2025 0 Por Redação Em Notícia

Ação cumpriu mandados em três estados e prendeu sete pessoas, incluindo o líder do grupo que, mesmo em prisão domiciliar, seguia no comando; R$ 40 milhões em bens foram sequestrados pela Justiça

A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e apoio da Polícia Militar de São Paulo, deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação “Forja”, que desarticulou uma organização criminosa especializada na produção e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito. Estima-se que o grupo possuía infraestrutura para fabricar até 3,5 mil fuzis por ano, armamento destinado a facções criminosas do Rio de Janeiro, com foco no Comando Vermelho.

A operação cumpriu dez mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, resultando na prisão de sete pessoas: duas no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo. O nome “Forja” faz alusão à atividade principal do grupo: a fabricação clandestina de armamentos em escala industrial.

A Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados.

Liderança e Modo de Operação

As investigações revelaram que o líder do grupo continuava a comandar a organização mesmo sob prisão domiciliar, após ter sido preso em flagrante com 47 fuzis em outubro de 2023. No apartamento do líder, localizado na Barra da Tijuca (RJ), ele e sua esposa foram presos, e foram apreendidos R$ 158 mil em espécie.

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O modus operandi da organização consistia na importação de componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China. O grupo utilizava maquinário industrial de alta precisão para a produção das peças finais em território nacional. As armas eram então coordenadas para entrega em comunidades controladas por facções, como o Complexo do Alemão e a Rocinha.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa majorada, tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito.

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