Nova onda de demissões no setor de call center é prevista com reoneração da folha de pagamento; mulheres e jovens serão os mais afetados

Nova onda de demissões no setor de call center é prevista com reoneração da folha de pagamento; mulheres e jovens serão os mais afetados

22 de janeiro de 2024 0 Por Redação Em Notícia

No atual cenário de reoneração da folha de pagamento, o setor de call centers enfrenta um futuro incerto com a possibilidade de demissões em massa. Segundo Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), cerca de 400 mil empregos podem ser perdidos nos próximos dois anos.

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A medida provisória editada pelo governo no ano passado excluiu o setor de call center e outros sete segmentos do benefício da desoneração da folha de pagamento. Essa desoneração permitia que as empresas optassem por contribuir com uma porcentagem sobre o faturamento, em vez de pagar 20% sobre a folha de salários para o INSS.

Com o fim desse benefício, as empresas do setor estão se preparando para uma carga tributária mais pesada, o que inevitavelmente levará a cortes de funcionários. Para as empresas, é uma questão de viabilidade financeira. Ao aumentar a rubrica de impostos, o gasto com salários precisa ser reduzido.

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De acordo com a Feninfra, o setor de call center, infraestrutura de telecomunicações e informática emprega aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. Com a reoneração da folha de pagamento, projeta-se que cerca de 400 mil trabalhadores sejam afetados, especialmente mulheres e jovens em primeiro emprego.

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Segundo Vivien Suruagy, a perspectiva é de que aproximadamente 240 mil mulheres e jovens percam suas vagas no mercado formal de trabalho. A presidente da Feninfra lamenta a inevitável necessidade de liberar esses profissionais devido ao fechamento de empresas.

A reoneração também preocupa o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), defensor da desoneração da folha de pagamento. Ele critica a medida por aumentar os custos de produção e impactar negativamente a situação financeira e econômica do país. Lippi ressalta que os encargos da folha de pagamento no Brasil são desproporcionalmente altos em comparação com os outros países, o que afeta a competitividade internacional do país.

Em meio a esse cenário, parlamentares como Vitor Lippi defendem a devolução da medida provisória da reoneração ao governo, pois consideram que ela desrespeita uma decisão tomada pelo Congresso Nacional em 2023. A incerteza paira sobre o setor de call center e a busca por alternativas é necessária para assegurar os empregos nesse importante segmento da economia nacional.

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