Massacre em Be’eri expõe trauma anterior à criação de Israel

Depoimentos do massacre de Be’eri expõem um trauma profundo anterior à criação de Israel. As atrocidades cometidas pelo Hamas no kibutz ao sul estão sendo aproveitadas pela propaganda palestina como símbolos da fraqueza de Israel. A magnitude dos massacres perpetrados por centenas de milicianos palestinos em comunidades próximas a Gaza está sendo lentamente compreendida pelos israelenses. O kibutz de Be’eri, que abrigava cerca de 1.200 residentes antes do ataque, está emergindo como o epicentro dessa tragédia.

Localizado no Conselho Regional de Eshkol, Be’eri está se tornando um símbolo da guerra lançada pelos ataques do Hamas, inclusive contando com sua própria entrada na Wikipedia. As atrocidades cometidas no local são chocantes, com filmagens mostrando os milicianos executando civis, incendiando casas com famílias dentro, mutilando os corpos das vítimas e até torturando animais de estimação. Como a que vemos abaixo, em que terroristas do Hamas  matam um morador que se aproximava do portão do kibutz para entrar e buscar por reféns, casa a casa.  Também é possível ver em outro vídeo palestinos armados percorrendo as ruas da comunidade, além de uma perseguição a duas mulheres, certamente para fazê-las reféns.

Até agora, foram confirmadas mais de 900 mortes do lado israelense, além de mais de 2.000 feridos e pelo menos 100 pessoas sequestradas para Gaza. Centenas de palestinos também morreram em ataques aéreos retaliatórios israelenses na Faixa de Gaza, assim como mais de 1.000 terroristas em território israelense.

Be’eri, que foi fundado dois anos antes do Estado de Israel, está se tornando um símbolo do ataque devido ao seu tamanho, à escala e ao nível de documentação dos assassinatos perpetrados lá, além do número desconhecido de sequestrados levados para Gaza.

Os eventos em Be’eri estão sendo vistos por alguns como uma justificação para uma ação punitiva em Gaza em uma escala sem precedentes. Além disso, a sociedade israelense está sofrendo não apenas pela perda de vidas, mas também pelo sofrimento dos membros do kibutz sequestrados e levados para Gaza. A sensação de abandono e insegurança é um tema comum nos depoimentos dos sobreviventes.

Os eventos em Be’eri também tocam em um trauma mais profundo conectado ao Holocausto e aos massacres de judeus ao longo das gerações, antes mesmo da existência do Estado de Israel. A máquina de guerra psicológica do Hamas e seus apoiadores parece ter percebido a importância desse trauma, destacando Be’eri como um símbolo e divulgando imagens de atrocidades em Be’eri e em outros lugares.