Maio Amarelo: Brasil é o 3º país com mais mortes no trânsito

Maio Amarelo: Brasil é o 3º país com mais mortes no trânsito

14 de maio de 2025 0 Por Redação Em Notícia

Terapeuta Ocupacional, Dra. Kimberly Policeno ressalta que o cuidado com o trânsito também é um cuidado com a autonomia e a saúde mental da população

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o 3º lugar no ranking mundial de mortes no trânsito, atrás apenas da Índia e da China. São cerca de 30 mil vidas perdidas anualmente, em números que reforçam a urgência de ações de prevenção, educação e cuidado integral com quem dirige, pedala ou caminha pelas ruas do país.

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No centro desse debate, a Terapia Ocupacional se firma como uma aliada estratégica e muitas vezes invisível no enfrentamento dessa crise. Durante a campanha Maio Amarelo, o trabalho do Terapeuta Ocupacional ganha visibilidade por sua atuação ampla: da prevenção de acidentes à reabilitação de vítimas, passando pelo apoio à saúde mental, educação e pesquisa aplicada.

“Nós estamos acostumados a tratar a doença ou a sequela, mas cuidados simples podem evitar não só a morte, como também manter uma vida funcional pelo maior tempo possível. O terapeuta ocupacional é um agente essencial na prevenção de incapacidades”, destaca a Dra. Kimberly Policeno, Terapeuta Ocupacional.

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Da prevenção à reabilitação: um cuidado que começa antes do acidente

Além de desenvolver programas educativos em escolas e empresas, o terapeuta ocupacional também atua diretamente na recuperação de quem sofreu traumas e lesões em acidentes de trânsito.

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“Só valorizamos tarefas simples como escovar os dentes ou escolher uma roupa quando perdemos a autonomia para realizá-las. Na reabilitação, o terapeuta ocupacional ajuda o paciente a reaprender a viver, com independência e dignidade”, afirma Kimberly.

A profissional ainda alerta que o processo terapêutico vai além do atendimento clínico. É preciso envolver a família e considerar a rotina real do paciente:

“Tratar em um ambiente controlado, sem educar o paciente e sua rede de apoio, é desperdiçar tempo e dias de vida.” Corpo, mente e rotina: o trânsito também adoece emocionalmente

O impacto psicológico de um acidente também precisa ser acolhido. Ansiedade, medo de dirigir e traumas emocionais dificultam o retorno à vida cotidiana, e a Terapia Ocupacional é uma ponte importante entre o cuidado físico e o emocional.

“No começo do tratamento, empresto minha confiança e motivação até que o paciente se sinta capaz. Nunca é só um corpo: somos corpo, mente e espírito. Cuidar da saúde mental é essencial para a verdadeira recuperação”, pontua a terapeuta.

Pesquisar o cotidiano para salvar vidas

Mais do que criar tecnologias, é preciso entender como vivem e se sentem as pessoas que estão no trânsito todos os dias. A pesquisa em Terapia Ocupacional, segundo Kimberly, precisa sair dos artigos e observar o que acontece nas rotinas exaustas e disfuncionais da população.

“Olhar para quem tem alto índice de acidentes e propor ações preventivas baseadas na realidade é o verdadeiro caminho da inovação. A prevenção nasce no básico bem feito: escuta, orientação e cuidado direcionado ao problema real.”

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