Em 40 dias, Operação Escudo prende mais de 900 criminosos e apreende quase 1 tonelada de drogas
6 de setembro de 2023Entre os presos estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes
Entre os presos estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes.
A operação teve como principal objetivo combater o crime organizado, asfixiando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos criminosos.
Nos 40 dias de operação as forças policiais apreenderam quase 1 tonelada de entorpecentes, causando um prejuízo milionário ao tráfico de drogas. Também foram retiradas, das mãos de criminosos, 117 armas, incluindo fuzis e submetralhadoras.
“O Estado não será afrontado em nenhuma ocasião em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas para garantir que não haverá um estado paralelo dentro do Estado de São Paulo”, concluiu Derrite sobre o comprometimento da SSP com o enfrentamento do crime organizado.
Confira algumas das principais prisões feitas pelas forças de segurança em 40 dias:
28 de julho a 2 de agosto
A Polícia identifica e prende todos os envolvidos na morte do soldado Reis. No primeiro dia de Operação um dos que participaram morreu ao entrar em confronto com a polícia. Ele era um dos líderes de uma facção e acumulava várias passagens criminais
2 de agosto
Policiais do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) prendem um integrante de uma facção criminosa na Rodovia dos Imigrantes, no bairro Vila da Saúde, na zona sul. O homem tinha passagens por tráfico, roubo, receptação, resistência e desacato. Condenado a 12 anos de prisão, estava foragido desde março, quando recebeu o benefício da saída temporária e não retornou mais ao sistema prisional.
7 de agosto
PMs que faziam patrulhamento pela Operação Escudo fazem abordagem de rotina a um homem e, ao consultar sua identidade, descobrem que havia um mandado contra ele por homicídio. O homem foi preso.
11 de agosto
A PM Ambiental prende dois homens por tráfico de drogas no bairro Paecará, no Guarujá. Ainda foram apreendidas 50 porções de drogas, entre crack e maconha, e dinheiro do tráfico.
13 de agosto
Policiais do 5º Batalhão de Ações Especiais (Baep) prendem “Patinho”, integrante de uma facção criminosa procurado por homicídio no bairro Paecará, no Guarujá. Também foram apreendidas uma pistola calibre 9 mm, 21 munições e três carregadores.
18 de agosto
Polícia prende suspeito conhecido como “Jeffinho”. Em um vídeo que viralizou na internet em junho, ele aparece exibindo um fuzil em plena luz do dia, junto com outros comparsas armados, na Vila Baiana, em Guarujá. Ele tem passagens por homicídio de um policial, porte ilegal de arma, tráfico de drogas, receptação e desobediência, e estava foragido desde 2021, quando deixou a prisão em saída temporária.
23 de agosto
“Vitinho” é preso por policiais civis em uma casa de alto padrão no Guarujá, após ser localizado por investigadores. Ele também aparece no vídeo gravado na Vila Baiana com uma pistola pelas ruas. A ação contou com apoio das equipes da DISE e do GOE. Ele tem passagem por roubo e estava foragido depois de não retornar da saída temporária.
28 de agosto
Impacto Litoral e Escudo
Logo nos primeiros dias de operação, as forças de segurança conseguiram identificar e prender todos os envolvidos na morte do policial, apesar da forte reação dos criminosos.
Mesmo após a prisão dos envolvidos, a operação seguiu com o objetivo de sufocar o tráfico, e a reação dos criminosos continuou intensa. Em um mesmo dia, 2 PMs foram baleados à luz do dia em uma comunidade em Santos.
No dia 15 de agosto um agente da Polícia Federal levou um tiro na cabeça durante o cumprimento de uma operação daquele órgão. Ainda foram registrados outros ataques a equipes da PM, sem que nenhum agente tenha ficado ferido.
Durante os 40 dias de operação e as centenas de prisões, em 28 abordagens os suspeitos reagiram, entraram em confronto com os policiais e acabaram morrendo. Todos estes casos são investigados pela Deic de Santos, com apoio de equipes do DHPP, e por um inquérito policial militar instaurado pela PM.