Sala de aula digital: edtechs crescem em 2021
15 de fevereiro de 2022A tecnologia, além de aliada, cada vez mais se torna essencial para instituições de ensino. Além de facilitar a vida de alunos e professores, novas ferramentas podem contribuir para a gestão mais eficiente de escolas e universidades
Um levantamento publicado em agosto do ano passado mostrou que o Brasil chegou à marca de 391 edtechs, startups voltadas à educação. O estudo realizado pela Liga Ventures dá a dimensão do alcance dessas empresas, que investem em tecnologia para apresentar soluções e novas ideias para o segmento. Ainda, de acordo com relatório produzido pela KPMG em parceria com a Distrito, o Brasil conta com 105 Emerging Giants, ou startups com alto potencial de investimentos e bons resultados. As fintechs lideram e as edtechs representam cerca de 5,7% do total.
Em debate recente, organizado pela Editora Globo, no Rio Innovation Week, especialistas do setor lembraram que soluções proporcionadas pelas edtechs vêm ajudando alunos e professores com conteúdo digital e interativo, facilitando o acesso e interesse pela leitura. Contudo, ressaltaram que é preciso democratizar as ferramentas, que são assimiladas e utilizadas com mais facilidade por escolas privadas, em detrimento da rede pública. Vale lembrar que, segundo dados da PNAD, mais de 80% dos alunos do ensino fundamental e médio frequentam escolas públicas.
Para Eduardo Barbosa, Especialista em Transformação Digital com Reconhecimento Facial, a chegada da tecnologia nas salas de aula é um caminho sem volta e com muitos desafios: “o aprendizado sairá da sala de aula e entrará em nossas vidas diárias, com a digitalização da escola, smartphones e tablets de ponta e o avanço da internet móvel (5G), será possível estudar e aprender de onde estiver. Com isso, uma série de oportunidades se abrem, para desenvolvimentos de aplicações, questões relacionadas à segurança, nuvem, privacidade etc.”, pondera.
Busca por soluções não se restringe às startups
Uma das maiores empresas do mundo, o Google, por exemplo, investe há alguns anos em tecnologias voltadas à educação. Segundo dados da empresa, cerca de 120 milhões de alunos e professores utilizavam a plataforma Google for Education no mundo todo em 2020. Além da busca por otimizar a interação virtual, há também aulas de programação. Para se ter ideia, um estudo da Softex, do ano passado, apontou que o Brasil terá a carência de cerca de 408 mil profissionais desta área ainda neste ano.
Neste contexto, Barbosa comenta aquelas que considera as principais tendências para a tecnologia voltada à educação neste ano: “vejo o modelo híbrido de aprendizagem ganhando ainda mais destaque, as salas do futuro, com mais atividades escolares realizadas de forma digital e interativa. Assim como conteúdos que proporcionam experiências com a realidade virtual e aumentada também devem se tornar mais acessíveis”, diz.
Quanto ao uso dos aparelhos e à segurança de dados, o Marketing leader da Samsung SDS ressalta: “Algumas questões que colocamos em pauta ao desenvolver o Chromebook da Samsung foram a proteção da gestão dos dispositivos móveis utilizados em ambiente escolar, como acionar suporte e garantia, a melhor maneira de realizar o set-up da instituição educacional na nuvem”. E complementa: “enfim, são detalhes importantes quando falamos em investimentos em tecnologia. Os responsáveis pelas escolas ou universidades devem estar atentos”.
Tradição e tecnologia podem caminhar juntas?
Entre as novidades apresentadas no currículo do Novo Ensino Médio relacionadas ao uso da tecnologia estão os currículos de criatividade e programação com competências como: pensamento científico, crítico e criativo e cultura digital. Há a previsão do uso de aparelhos como tablets, notebooks e smartphones para auxiliar os alunos nestas disciplinas. Implantar e treinar a comunidade escolar para o uso eficaz e ético das ferramentas é e deve, gradativamente, ser um desafio para educadores e administradores das instituições de ensino.
Para o especialista da Samsung SDS, além de apresentar os conteúdos e auxiliar os alunos na imersão digital, as próprias instituições devem se preocupar com a gestão da tecnologia, tornando o processo mais eficaz e seguro para todas as partes envolvidas. “Tudo o que amplia as possibilidades do aluno desenvolver seu aprendizado é válido para o ambiente escolar”, afirma.
Por fim, Barbosa afirma: “eu vejo também a necessidade de falar sobre como fazer a gestão dessa tecnologia nas escolas, que são negócios geralmente tradicionais e carentes de consultoria em inovação e tecnologia. Quando se investe em tecnologia é preciso fazer bem feito, para que a experiência seja realmente produtiva, de boa qualidade e imersiva”.
Para mais informações, basta acessar: https://www.samsungsds.com/la/index.html