Dia dos Pais exige ritmo mais acelerado nas movimentações de carga
11 de agosto de 2021Marcelo Reis destaca estratégias para atender às altas demandas do setor logístico em grandes datas comerciais.
No primeiro trimestre de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do transporte registrou um aumento de 3,6% em volume de serviços em relação ao último trimestre de 2020, de acordo com o Radar CNT do Transporte, divulgado pela Confederação Nacional do Transporte, a partir de indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse dado, além de refletir o bom desempenho do setor logístico, assume também o sucesso dos comércios eletrônicos, que foram cruciais para o crescimento da movimentação de cargas mesmo em tempos de crise econômica.
A cultura da compra online já vinha se estabelecendo há anos, mas foi durante a pandemia da COVID-19, com o distanciamento social e a divulgação dos protocolos de segurança em rede nacional e mundial, que o e-commerce ganhou os públicos de todas as gerações e regiões, indo muito além da praticidade e do conforto. Hoje, comprar através da Internet também é questão de cuidado com a saúde.
Entretanto, ainda que a logística esteja em uma crescente de demandas, é fato que em épocas de grandes datas comerciais, como o Dia dos Pais, comemorado este ano no dia 08 de agosto, exigem estratégias reforçadas para que o sistema logístico dê conta dos picos de pedidos antes, durante e após esses períodos.
Marcelo Reis, Gestor da Regional Sul da Costa Brasil – especialista em Operação de Transporte Multimodal –, explica que “o impacto na contratação de serviços, como o de transporte de cargas, ocorre em três momentos e estão ligados diretamente a alguns tipos de logística: o período que antecede às datas comerciais, quando há a compra de matérias-primas e abastecimento de estoques para produção (Logística de Abastecimento); na entrega das mercadorias adquiridas, etapa mais crítica que ocorre durante as datas comerciais, em que se concentra o maior volume de operações (Logística de Distribuição); e, passado o período comemorativo, ocorre normalmente uma movimentação mínima de devoluções de mercadorias, que é um efeito esperado com o aumento das compras/entregas (Logística Reversa).”
E nesses tempos de alta temporada no setor, para Reis, o maior desafio é buscar um modelo preditivo adequado para tomada de decisões, “isso significa estar bem próximo de clientes e seus fornecedores para um compartilhamento de dados, números e expectativas que direcionarão as operações de armazenamento e transporte durante os grandes picos de movimentação. Uma vez que a previsão de demanda esteja alinhada, é chegada a hora de redimensionar a malha logística, criar e inovar processos, adequar e treinar as pessoas e usar as melhores tecnologias, buscando agilidade em toda a cadeia, excelência no atendimento e ampla visibilidade nas etapas de entrega”, afirma o gestor, que ainda defende que um dos diferenciais para uma distribuição efetiva é a possibilidade de operacionalizar as movimentações através da multimodalidade, que otimiza as entregas e diminui os custos logísticos.
Marcelo acrescenta que “ajustar ao máximo seu modelo operacional à realidade do cliente, customizar as soluções, fazer parcerias estratégicas para atender às demandas pontuais, oferecer monitoramento dos processos em tempo real através de sistemas colaborativos, aplicar formas inovadoras de tecnologia e desenvolver alternativas que visam a eficiência nas operações” são estratégias que devem ser adotadas pelas operadoras logísticas para que o produto seja armazenado e transportado nas melhores condições, afinal, ele pode ser muito mais que uma carga, pode ser o presente que alguém está ansioso para entregar.
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