Você sabia que existem mais de 140 tipos de demência?
23 de setembro de 2022O Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, Neurologista do Hospital Albert Sabin, fala sobre os sinais de demência que evidenciam a hora de consultar um neurologista
A demência é uma condição que se caracteriza pela deterioração progressiva das funções cognitivas. Geralmente, o primeiro sintoma a aparecer em uma pessoa nessa condição é o lapso de memória, ou seja, o esquecimento de informações recentes.
“A pessoa começa a esquecer o caminho de casa, a perder coisas de valores, como dinheiro, ficar desorganizada em casa e, consequentemente, não consegue fazer as atividades da vida cotidiana”, explica o Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, Neurologista do Hospital Albert Sabin (HAS).
O médico atenta para o fato de que nem sempre esses sinais podem ser indícios de demência. “Muitas vezes, principalmente quando é o próprio paciente a notar, pode ser uma depressão, uma ansiedade, contudo, somente o médico especialista poderá fazer o diagnóstico diferencial com a Doença de Alzheimer ou qualquer outra”, diz.
Existem mais de 140 tipos, ou causas, de demência. Entre as principais estão:
- Doença de Alzheimer;
- Demência vascular;
- Demência com Corpos de Lewy (LBD);
- Demência da doença de Parkinson;
- Demência frontotemporal (DFT).
Uma causa bastante frequente é o traumatismo craniano de repetição, ou seja, a pessoa que cai ou recebe golpes na cabeça continuamente, como, por exemplo, o lutador. “Esses atletas somente perceberão o dano causado após algum tempo, quando passar dos 50 ou 60 anos de vida”, conta o neurologista do HAS.
No mundo, a causa de demência mais comum é doença de Alzheimer, contudo, no Brasil é a demência mista, ou seja, Alzheimer junto com a vasculopatia, ou demência vascular.
Apesar da demência não ser hereditária, estudos mostram que filhos de pacientes com Alzheimer têm quatro vezes mais chances de desenvolver a doença. Hábitos saudáveis, como boa alimentação, sono suficiente, exercícios físicos, controle do peso e de doenças sistêmicas são dicas valiosas para a prevenção.
Exames clínicos e de imagem, como a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de pósitrons são os indicados para o diagnóstico de Alzheimer e outras doenças relativas à demência.
“Já o tratamento dessas doenças é feito somente para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral. Inclui o uso de remédios como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina e deve sempre ser prescrito por um profissional médico, preferencialmente um psiquiatra ou neurologista”, finaliza o Dr. Custódio.
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