Sol Artificial da China bate novo recorde de temperatura

Sol Artificial da China bate novo recorde de temperatura

6 de junho de 2021 0 Por Redação Em Notícia

O sol artificial da China, feito com o reator de fusão chamado “Tokamak Supercondutor Avançado Experimental” (EAST), bateu um novo recorde de temperatura.

O sol da China atingiu 120 milhões de graus Celsius durante um experimento com núcleos atômicos, este chamado de “sol artificial”, durante 101 segundos.

O experimento, realizado na última semana de maio (29), foi anunciado por Gong Xianzu, pesquisador do Instituto de Física Plasmática da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP).

Sol artificial da China atingiu 160 milhões de graus Celsius

Segundo a agência estatal Global Times, o reator também sustentou uma temperatura ainda maior, mas por menos tempo: 160 milhões de graus Celsius, por 20 segundos.

O núcleo do sol atinge “somente” 15 milhões de graus Celsius, uma grande diferença em comparação ao sol artificial criado pela China.

Além disso, o recorde também supera o próprio recordo da marca atingida pelo EAST em 2018, quando atingiu 100 milhões de graus Celsius.

Importância da conquista

De acordo com Li Miao, diretor do Departamento de Física da Southern University of Science and Technology, se trata de um progresso significativo.

A experiência feita coloca em operação o reator de fusão, uma tecnologia capaz de oferecer energia limpa, de forma segura e praticamente ilimitada que ocorre também no coração das estrelas.

“É uma tecnologia do futuro que poderá impulsionar o desenvolvimento verde da China”

Lin Boqiang, diretor do Centro Chinês de Pesquisa em Economia de Energia da Universidade de Xiamen

EAST e reatores de fissão nuclear

Uma comparação comum feita é do Tokamak Supercondutor Avançado Experimental e de reatores de fissão nuclear.

O EAST conta com uma operação diferente quando comparada a esse tipo de reator, que costuma produzir energia com a divisão dos núcleos atômicos.

Já o Tokamak Supercondutor Avançado Experimental realiza uma operação que funde esses núcleos atômicos em usinas nucleares, também com objetivo de produzir energia de forma quase ilimitada.

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