SinoVac suspenderá vacinas se Bolsonaro seguir com ataque à China
9 de junho de 2021O laboratório chinês SinoVac, que desenvolveu a CoronaVac e fornece insumos para o Butantan produzi-la, condicionou a continuidade do envio do material ao fim dos ataques à China feitos pelo governo brasileiro. O furo, das jornalistas Natália Portinari e Julia Lindner, dá conta de que a Embaixada do Brasil em Pequim já ouviu a mensagem e a repassou ao Itamaraty. (Globo)
Enquanto isso… Finalmente um ministro da Saúde (no cargo) contradisse Jair Bolsonaro e reconheceu que a cloroquina é inútil contra a Covid-19, assim como os demais “tratamentos precoces preconizados pelo presidente. Em seu segundo depoimento à CPI da Pandemia, Marcelo Queiroga também admitiu que, embora afirme ter autonomia no cargo, isso não significa “carta branca para fazer tudo o que quer”. Mas Queiroga, mais uma vez, usou dados falsos. Desta vez ao falar sobre o número de infectados no Campeonato Brasileiro e das reuniões que teve com Bolsonaro. O ministro ainda questionou a efetividade da CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, apesar de a vacina ter sido aprovada pela Anvisa. (Folha)
O depoimento teve momentos tensos, com Queiroga batendo boca com o senador Otto Alencar (PSD-BA). O ministro admitiu que não conhece a bula das três vacinas em uso no Brasil e reagiu quando Alencar classificou esse desconhecimento como “ato irresponsável”. A sessão chegou a ser suspensa para que os ânimos serenassem. (CNN Brasil)