Paz, frágil paz

A semana começou com uma boa notícia. Finalmente. Depois de mais de um ano e alguns meses, Israel e Hamas assinaram um acordo de paz. Os reféns que sobreviveram na mão do grupo Hamas começaram a ser libertos. Por sua vez, Israel também está libertando palestinos que estavam presos. E o mundo respira aliviado.

A insanidade, de ambos os lados, destruiu completamente a Faixa de Gaza. Milhares e milhares de vidas foram ceifadas precocemente. Todas as estruturas foram danificadas ou destruídas. Levará um bom tempo para a vida encontrar sua normalidade. Se encontrar…

Digo, se, porque a paz firmada é extremamente frágil naquela região. O ódio ali é muito intenso. Enquanto o ódio dominar o coração humano, a paz nas relações será sempre a vítima maior. O fato é que este final de janeiro nos enche de esperança. As nações, as etnias, os povos precisam encontrar o caminho da paz. Somos seres humanos. Não é possível viver em guerras uns com os outros. Sei que a paz firmada ali é extremamente frágil. Mas, oro e torço para que ela se fortaleça e inspire outras nações que ainda estão em guerra. Alô, Rússia… Alô, Ucrânia.

Há um mês celebramos o Natal, que é sempre um grito de paz. O coro angelical ainda ecoa neste janeiro… “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”. Paz! É o que o mundo precisa. É o que as nossas relações pessoais precisam. Paz entre os homens e mulheres. Paz entre as nações. Paz entre os povos. Paz nas cidades e nas ruas. Paz no trânsito. Paz nos estádios. Paz em todos os lugares! É o meu desejo e a minha prática neste ano de 2025.

Recordo as palavras do Senhor Jesus Cristo em sua “introdução” no “Sermão do Monte”: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. Honremos nossa filiação. Sejamos pacificadores. Vivamos de maneira tal que a paz frágil se fortaleça e se concretize no mundo.

Paz! Paz! Paz!

Shalom!

Rev. Ailton Gonçalves Dias Filho, Pastor Presbiteriano e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie