Para 2024, são esperados mais de 11 mil novos casos de câncer de bexiga no Brasil, aponta Inca

Para 2024, são esperados mais de 11 mil novos casos de câncer de bexiga no Brasil, aponta Inca

9 de julho de 2024 0 Por Redação Em Notícia

Julho marca o mês de conscientização sobre o câncer de bexiga. Para 2024, são esperados 11.370 novos casos desse câncer no Brasil, apontam estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Desse total, 7.870 casos devem ocorrer em homens e 3.500 em mulheres, resultando em taxas estimadas de incidência de 7,45 casos por 100 mil homens e 3,14 casos por 100 mil mulheres.

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O câncer de bexiga é o sétimo tipo mais comum entre os homens, excluindo o câncer de pele não melanoma, representando mais de 3% de todos os cânceres diagnosticados no sexo masculino, de acordo com o Inca.

Segundo o instituto, o câncer de bexiga atinge as células que cobrem o órgão e é classificado de acordo com a célula que sofreu alteração. Quando o câncer começa no revestimento interno da bexiga, é chamado de câncer superficial. Ele pode se espalhar pela parede da bexiga e alcançar outros órgãos próximos ou gânglios linfáticos, tornando-se em um câncer invasivo.

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Jessé Lima, urologista do Hospital Santa Maria, explica que homens de idade avançada possuem maior probabilidade de desenvolver o câncer de bexiga.

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“Tendo como maior fator de risco o uso do tabaco, o câncer de bexiga pode atingir tanto homens como mulheres, sendo quatro vezes mais prevalente no homem e principalmente após a sexta década de vida”, informa.

Sintomas

Lima afirma que os sintomas do câncer de bexiga são semelhantes aos de infecção urinária. São eles:

  • Sangramento na urina;
  • Aumento na frequência urinária;
  • Urgência para ir ao banheiro;
  • Dor para urinar.

“Mulheres, que têm mais infecções urinárias do que homens, podem ter o diagnóstico às vezes atrasado por sintomas parecidos com os de infecção urinária. Nós fazemos investigação através de exames de urina e de imagem, ultrassom, tomografia, ressonância.  Todos esses exames podem ser pedidos para confirmar um diagnóstico”, informa.

Tratamento

Daniel Vargas, oncologista da Oncoclínicas Brasília e especialista em câncer de bexiga, explica que a doença tem cura, desde que diagnosticada em fases mais precoces. Ele destaca que em caso de sintomas desse câncer é importante procurar atendimento médico, pois a chance de cura está diretamente relacionada ao momento em que a doença é diagnosticada.

O especialista explica que caso a doença seja muito superficial, o tratamento que envolve a raspagem e medicamentos já é o suficiente.

“Se a doença for um pouco mais avançada, mas ainda localizada na bexiga, em geral o tratamento vai envolver a cirurgia com a remoção da bexiga associada a algum tratamento com remédios, com medicamentos antes ou depois da cirurgia. Em alguns casos, a gente pode lançar mão também de fazer a radioterapia da bexiga combinada tratamento com quimioterapia”, informa.

Vargas destaca que em casos de tumores mais avançados, quando atingem outros órgãos, o tratamento é baseado no uso de medicamentos sistêmicos, ou seja, remédios administrados por via intravenosa. Nesse caso, cada tipo de tratamento será individualizado de acordo com o paciente.

Como prevenir?

Daniel Vargas destaca que a principal forma de prevenção contra o câncer de bexiga é não fumar e evitar o tabagismo passivo. “Tanto o tabagismo ativo, conviver com pessoas que têm o hábito de tabagismo e até mesmo essas novas modalidades, principalmente representadas pelos cigarros eletrônicos, também aumentam o risco desse tipo de tumor”, completa.

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