Operação policial desarticula organização criminosa de tráfico de drogas no Centro de São Paulo
8 de setembro de 2025 0 Por Redação Em NotíciaAção conjunta da PM, Civil e Gaeco cumpre mandados de prisão e busca e apreensão na Favela do Moinho; irmã de líder de facção e sucessor apontado do tráfico estão entre os presos
Uma operação conjunta entre as Polícias Militar e Civil, com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, foi deflagrada nesta segunda-feira (8) para desarticular uma organização criminosa responsável pela gestão do tráfico de drogas na região central de São Paulo. A ação, denominada Operação Sharpe, cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão, com foco principal na Favela do Moinho.
Até o momento, sete pessoas foram detidas e 12 celulares apreendidos. As ocorrências estão sendo registradas na Divisão de Capturas, do Departamento de Operações Especiais (Dope). Entre os presos está a irmã de um integrante de facção criminosa detido no ano passado, que supostamente atuava como líder comunitária, mas que, segundo as investigações, servia para cumprir ordens e defender os interesses de seu irmão. Também foram presas outras duas figuras-chave: o homem apontado como sucessor do traficante “Léo do Moinho” nas atividades criminosas e o proprietário de um estabelecimento comercial que era utilizado como ponto de armazenamento de armas e entorpecentes na comunidade.
A Operação Sharpe é um desdobramento da Operação Salus et Dignitas, realizada em 6 de agosto de 2024, que já havia desarticulado o ecossistema e a logística do crime organizado em diferentes pontos da área central, onde hospedarias eram usadas não apenas para distribuição e consumo de drogas, mas também para lavagem de dinheiro.

Durante as investigações, descobriu-se que lideranças do tráfico continuavam a emitir ordens de dentro de unidades prisionais. Uma das principais determinações era a intimidação de funcionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e de famílias residentes da comunidade que aceitassem deixar suas moradias, sob o pretexto falso de “resistência”, para impedir o trabalho de reassentamento.
Para auxiliar os moradores, a CDHU mantém um escritório instalado na Rua Barão de Limeira desde abril, com o objetivo de esclarecer dúvidas, orientar famílias e facilitar o processo de reassentamento.






