Operação investiga fraudes financeiras com prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos
31 de outubro de 2023Apurações apontam para criação de empresas fantasmas para obtenção de empréstimos do Banco Público Estadual; Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em oito cidades do Estado
Policiais civis da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) do DEINTER 2, em parceria e cooperação da Desenvolve SP, investigam um esquema de fraudes financeiras com a fundação de empresas fantasmas. Os envolvidos tinham a finalidade de obter empréstimos do Banco Público Estadual Desenvolve SP, agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado. O prejuízo foi de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
A Operação Avaritia cumpriu 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Indaiatuba, Campinas, Elias Fausto, Salto, Valinhos, Cotia, Osasco e Carapicuíba. Contou com a participação de 25 policiais e 12 viaturas. Até o momento, a Polícia Civil identificou a criação de três empresas fantasmas, beneficiárias de empréstimos não pagos. Foram apreendidos dois veículos, aparelhos celulares, eletrônicos e documentos nas ações.
Uma denúncia recebida pela Ouvidoria da Desenvolve SP levou a auditoria interna da empresa a identificar e interromper suspeitas de fraudes envolvendo operações de crédito realizadas entre 2021 e 2022. O caso vem sendo apurado pela Polícia Civil que cumpre hoje mandados de busca e apreensão. Além de identificar e atuar para interromper eventuais desconformidades, a Desenvolve SP comunicou os fatos ao Ministério Público, à Secretaria da Fazenda, ao Banco Central, e à Controladoria Geral do Estado. O relatório de apuração interna foi compartilhado com os devidos órgãos externos e a agência está colaborando com a Polícia Civil.
De acordo com a apuração, os empréstimos, obtidos no ano de 2021, não eram pagos pelos fraudadores e o prejuízo estimado aos cofres públicos é de aproximadamente R$ 5 milhões de reais, mas já há informações de que a perda pode superar os R$ 40 milhões de reais. Os beneficiários dos repasses ainda são investigados.
O bloqueio de ativos financeiros, bens e valores foi determinado, com a finalidade de restituir aos cofres públicos a quantia retida indevidamente pelos investigados. Os alvos responderão aos crimes de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.