Grupo de 11 pastores evangélicos é investigado por aplicar golpes milionários em fieis
20 de setembro de 2023Polícia Civil do DF investiga golpes usando o nome de Paulo Guedes por pastores
A investigação visa desmantelar uma organização criminosa composta por 11 pastores em cinco estados do Brasil, acusados de aplicar golpes milionários em fiéis das igrejas e disseminar informações falsas na internet, além de instigar o público contra o ministro Alexandre de Moraes. É importante ressaltar que o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, não possui qualquer relação com o caso.
Conforme apurado pela CNN Brasil, o líder do grupo é identificado como o pastor goiano Osório José Lopes Júnior, que supostamente aplicava golpes milionários em fiéis através da venda de títulos lastreados em ouro. Ele apresentava esses títulos como Letra do Tesouro Mundial. A polícia já realizou buscas e apreensões em São Paulo, onde o suspeito também é alvo.
A operação, que cumpriu 16 mandados expedidos pela Justiça do DF, teve como alvos principais Brasília e São Paulo. Além dos líderes religiosos ligados a Lopes Júnior, os mandados também foram cumpridos contra ex-candidatos a deputado federal e a prefeito.
Durante as investigações, constatou-se que os suspeitos utilizavam-se de fake news para enganar as vítimas. Um dos investigados foi interceptado instigando seu público a hostilizar o ministro Alexandre de Moraes em um aeroporto. A polícia suspeita que esse indivíduo planejava uma ação de tumulto.
A investigação revelou a participação de cerca de 200 pessoas na organização criminosa. Os 11 líderes são alvo desta segunda fase da operação, mas uma terceira fase já está sendo planejada com base nas provas coletadas e nos depoimentos obtidos.
A operação está sendo realizada pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado do DF. É importante evidenciar que Paulo Guedes não está sendo investigado neste caso.
O Esquema O pastor evangélico Osório José Lopes Júnior, que é deficiente visual, afirmava que os títulos oferecidos contavam com autorização do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para serem pagos. Além disso, ele utilizava logomarcas de entidades financeiras, como o Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimento criada pelo grupo, como forma de dar credibilidade aos negócios.
O golpe aplicado pelo pastor já durava pelo menos nove anos. A polícia constatou que ele viajava pelo país com a ajuda de outras pessoas para atrair novos investidores interessados em receber lucros que chegavam a ser 100 vezes o valor investido, assim que os títulos estivessem disponíveis para resgate.