A semana começou com o feriado e o passamento do Papa Francisco. Desde então, as notícias que envolvem seu pontificado e sua pessoa tem dominado grande parte da imprensa no mundo. Não é para menos. Francisco era uma figura ímpar.
Lembrei que em sua eleição, fui procurado pelo jornal “O Liberal” para comentar e dar minha opinião. Em princípio, achei estranho. Sou um pastor reformado. Mas, como vinha acompanhando o Conclave, estava torcendo por um Cardeal brasileiro, estava “por dentro” do assunto. Não veio a escolha de um brasileiro. A escolha recaiu no país vizinho, Argentina. Fiquei feliz. Era a primeira vez, o pontífice sairia do eixo europeu. O primeiro Papa latino-americano. E mais, era jesuíta, gostava de futebol (torcedor do São Lourenço) e o nome escolhido para exercer seu pastorado frente a igreja era Francisco. Remetendo-nos ao passado para encontrar o legado de Francisco de Assis. Pensei que os bons ventos sopravam para os lados da Basílica de São Pedro. E sopraram mesmo. A primeira aparição de Jorge Mário Bergolio como Papa Francisco me fez vibrar como pastor protestante. Ele, da sacada mais famosa de Roma, se inclinou para o povo e pediu que orasse por ele. Vibrei e pensei: começou bem o seu pontificado, pedindo as orações do povo. Já era algo diferente.
A diferença não parou por aí. Em uma se suas primeiras viagens pelo mundo, Francisco veio ao Brasil, acompanhar de perto a Jornada da Juventude. Foi quando ele, assentado na ponta de uma mesa, concedeu uma entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, da Globo News. Pensei novamente: Quando foi que vimos um Papa conceder uma entrevista tão simpática, tão simples, tão direta e tão… humana.
Minha admiração por ele só fez crescer. Coerência. Amabilidade. Ternura. Acolhimento. Simpatia e amor. São palavras que me vêm à memória agora quando penso em Papa Francisco. Sua vida apontou para Jesus Cristo. Isto basta.
Oro para que o novo líder cristão, do galho católico, se pareça com Jesus Cristo, o Cabeça da igreja, tal qual Francisco se pareceu.
Descanse em paz, Francisco!
É isso!
Ailton Gonçalves Dias Filho, Pastor Presbiteriano e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Que Francisco continue a pastorear na morte como pastoreou em vida.
Excelente pastor o que você pontuou.Tambem vejo por esse ângulo, porque somos prontos para criticar quando as coisas não dão certo, porém quando observamos coisas que fazem a diferença, nos recusamos a rasgar um elogio. Papa Francisco foi muito corajoso quando fez alguns confrontos que até então não tínhamos visto .Pedimos a Deus que alguém seja levantado nesse novo pontificado, para trazer luz e orientação aqueles que necessitam de direção , apontando Jesus , o único que muda rotas e abre novos caminhos e possibilidades.