DAE de Americana lançou programa de amenização à falta d’água, havendo água em abundância!

DAE de Americana lançou programa de amenização à falta d’água, havendo água em abundância!

7 de novembro de 2025 0 Por Redação Em Notícia
Nessa quarta-feira(5), o DAE – Departamento de Água e Esgoto – de Americana, reuniu a imprensa local para comunicar o lançamento do programa “DAE em Ação pela Água – Tecnologia e eficiência no saneamento de Americana”, de acordo com o comunicado oficial da autarquia, foram apresentados o plano de ação com os investimentos necessários para enfrentar a crise hídrica, ampliando a capacidade de produção da ETA (Estação de Tratamento de Água), reduzindo perdas e otimizando a distribuição de água, além de qualificar a infraestrutura do tratamento de esgoto no município. O investimento total estimado é de aproximadamente R$30 milhões e foi apresentado pelo novo superintendente da autarquia, Fábio Renato de Oliveira.
No comunicado lançado à imprensa, contudo, não se foi informado quais tecnologias serão adotadas para o tratamento d’água, que de acordo com as palavras do superintendente, buscam dar “eficiência na produção”, entretanto, não haverá a construção de uma nova ETA (Estação de Tratamento d’Água), mas a reforma da atual ETA que, segundo afirmam, terá uma “unidade modular” (o  que quer que isto signifique) que aumentará a capacidade de tratamento.

Apresentação das medidas da gestão para a crise hídrica. Presentes (da esq. para a dir.) a assessora de imprensa, Fábio Renato de Oliveira, Chico Sardelli, Odir Demarchi e Lucas Leoncini.

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Em nenhum momento no comunicado é citado quanto se estima aumentar a eficiência, também não cita qual é a tecnologia que será integrada no tratamento, tampouco menciona-se qualquer informação a respeito da Represa do Salto Grande.  Dizem eles que,  serão reformados os atuais pontos de captação d’água como trocas das válvulas, sem dizer quais são esses pontos.
Também é interessante destacar que o comunicado afirma que seguirão combatendo os vazamentos na rede, todavia, não há citação de estimativas em quanto da água tratada é perdida atualmente e nem o quanto pretendem reduzir em 12 meses, 24 meses, etc… Fica a pergunta: “eles não fazem a menor ideia do quanto é perdido ou o número é tão assustador que têm vergonha em informá-lo?”
E mais uma vez põem a responsabilidade sobre os ombros do cidadão americanense, com o eufemismo do “consumo consciente”, uma expressão bonita para afirmar que tudo continuará como se encontra, e que a (pseudo) “Cidade Resiliente” seguirá dependendo de chuvas significativas durante todo o ano, mesmo em períodos de estiagem, porque o que se lê no comunicado é apenas o que no jornalismo e no marketing político é chamado de “controle de crise”.
“Americana passa por um momento desafiador diante da crise hídrica, e este plano vai nos ajudar a responder de forma eficiente e estratégica. Água é prioridade, e a população pode contar com a responsabilidade da nossa gestão”, afirmou o prefeito Chico Sardelli.  O interessante é que apenas o Prefeito acredita que este plano seja “eficiente”, mas se observarmos bem em tudo o que foi passado de informação, não há métricas, não há índices, não há histórico sobre a situação passada e atual, e muito menos o que se deseja atingir, assim sendo, como se pode afirmar que “este plano” terá “eficiência”?  Isso me faz lembrar da ex-Presidente Dilma Rousseff que em dado momento afirmou: “Não vamos por meta.  Quando atingirmos a meta, dobramos a meta”.  Acredito que você, amigo leitor deva se lembrar deste episódio tragicômico da política brasileira e que ao que parece vem inspirando muito a política americanense.
Enquanto isso, cidadão e eleitor americanense, lembre-se muito bem deste momento e esteja atento durante todo o ano de 2026, pois é certo que apesar da ineficiência na gestão da cidade, que encontra-se abandonada à própria sorte, com um governo “cego e surdo”, pois não veem a realidade da cidade e tapam os ouvidos para os protestos da população.  Só não posso neste momento usar a ilustração do “mudo”, pois deram uma resposta, ainda que ilusória, vaga e sem assumirem a responsabilidade para solucionarem definitivamente o caos hídrico.  É a famosa manobra de se tentar desviar do assunto para fazer a poeira assentar. Enquanto isso, cidadão e eleitor americanense, aprenda a fazer a dança da chuva, renove a sua fé para todos os santos que puderem influenciar o clima para que nunca falte chuva em Americana, mesmo nos períodos de estiagem (que podem chegar a 5 meses), pois apesar de termos uma represa gigantesca, ainda somos dependentes da chuva. E ao que tudo indica, assim continuará a ser!
Esperamos que o superintendente do DAE e o Prefeito Chico Sardelli tragam proposta detalhada, com números sobre o que temos hoje, o que se pretende melhorar e o quanto se pretende atingir com as tais reformas e melhorias para, daí sim, sabermos se de fato este plano é eficiente ou se olhamos apenas para mais um engodo.  O espaço está aberto para manifestação das partes.
E como diria o saudoso Federico Fellini: “E la nave va!”
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