Cozinha e afeto, uma receita de sucesso

Olá, que prazer ter esse momento com você. Esse é agora um espaço nosso, meu e seu, onde quero divagar, ensinar e questionar muito do que vivi e vivo na cozinha. Considero tudo que escrevo uma homenagem à gastronomia e a cozinha de mulheres fortes, mundo a fora, que tanto admiro!

Me chamo Angélica Pagani, sou cozinheira por paixão e gastrônoma de formação, atualmente Chef da Nectarina (@ahnectarina no Instagram), um projeto meu para o mundo, abrindo as portas da cozinha da minha casa para alimentar a alma, a mente e os corações de quem eu puder, não só com comida, mas com ideias.

Paixão por comida, por pessoas e por bons momentos é o que move minha cozinha e meus projetos, como gosto de dizer “comer é viver em sociedade”.

Dito isso, é nesse momento que te convido a pensar: quem é sua referência de uma “boa comida” e o que faz ela boa? Cá entre nós, não precisa ter diploma de gastronomia para fazer uma comida incrível não é mesmo?

Um dos pilares da gastronomia que mais admiro é a cozinha afetiva e caseira, aquela comida de avó e mãe que nos alimenta quase como um abraço num dia frio e triste. E de longe vou levantar bandeiras contra processados ou ultraprocessados (cabe deixar para uma próxima), porém há pessoas que subestimam um arroz, feijão, ovinho frito e saladinha bem-feitos, diminuindo a riqueza e complexidade de um dos cardápios que pavimentam a historia do nosso país e que arrisco classificar como uma iguaria da nossa gastronomia. A gastronomia afetiva está diretamente ligada a mulheres cozinheiras que vem trazendo seu conhecimento atrás dos séculos e hoje em dia conseguem ter um espaço maior de voz e representatividade em meio ainda a tantas visões deturpadas na formação social patriarcal que estamos inseridos.

Hoje a visibilidade de mulheres na gastronomia vem além das apresentadoras de TV, que antigamente cozinhavam somente para as donas de casa e agora aparecem cozinhando como ofício e trazendo referências gastronômicas do clássico ao contemporâneo, assinando cardápios e ganhando reconhecimentos mundiais. Essas são as cozinheiras do nosso Brasil, desde dona Sandra, mãe, que faz o jantar todos os dias dando vida e cheiro a uma cozinha no subúrbio de São Paulo a Helena Rizzo, dona de um dos restaurantes mais reconhecidos do país e considerada uma das melhores chefs do mundo. Com isso, compartilho agora uma das receitas que abraça meu coração e meus dias nos almoços em família, uma receita que veio da minha avó e que hoje dou o nome de Frango Assado de Minha Mãe.

Ela conta que aprendeu essa receita ainda jovem com sua madrinha e desde então essa é uma receita clássica na minha casa para os almoços de domingo.

Pode acompanhar uma bela macarronada e salada de maionese ou até mesmo arroz, feijão e salada verde. Use e abuse da imaginação.

Tempo de Preparo: 1h e 30min

Rendimento: Para a família toda (8 pessoas)

Dificuldade: média

Ingredientes

• 4 coxas de frango
• 4 sobrecoxas de frango
• 5 batatas médicas cortadas em 4
• 2 pimentões verdes ou vermelhos cortados em quadrados de 5cmx5cm
• Sal e pimenta a gosto
• Suco de 1 limão
• 3 dentes de alho
• Alecrim a gosto
• Ajinomoto a gosto
• Azeite ou óleo a gosto

Modo de Preparo

Tempere os pedaços do frango com o sal, a pimenta, o ajinomoto, o limão, o alecrim e o azeite. Deixe reservado por cerca de 30min para o frango absorver bem o tempero.

Enquanto isso lave e corte as batatas e os pimentões, tempere ambos com sal e azeite o quanto preferir.

Numa assadeira grande intercale os pedaços de frango com os legumes já cortados. Cubra com papel alumínio com a parte brilhante para baixo e leve para assar em forno pré-aquecido a 220°C por cerca de 30min, passado esse tempo retire o papel alumínio com cuidado para não queimar as mãos com o vapor quente e deixe assar por mais 1h ou até que doure.

Bom apetite!

E até a próxima