Com queda de 4,9%, Estado tem menor número de homicídios no 1º semestre em 23 anos

O Estado de São Paulo registrou queda de 4,9% no número de homicídios dolosos no primeiro semestre deste ano, que terminou com 1.327 casos contra 1.395 no mesmo período de 2022. Em junho, a queda também se manteve e foi ainda maior, de 15,9%, passando de 227 para 191 ocorrências. Tanto no acumulado do ano quanto no mês o saldo foi o menor já registrado em 23 anos, quando começou a série histórica.

Já os latrocínios recuaram 8,2% no primeiro semestre, de 85 para 78 ocorrências, menor número desde 2001. O recuo reforça a tendência de queda dos roubos seguidos de morte, que desde o começo do ano vêm apresentando diminuição nos períodos acumulados. No mês, porém, o indicador permaneceu estável em 13 registros.

De janeiro a junho, os estupros passaram de 6.150 para 7.089 ocorrências, alta de 15,3%. O aumento do indicador no mês passado foi de 13,9%, de 976 para 1.112.

O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias.

Para atender as vítimas de violência, o Estado de São Paulo conta com 140 Delegacias de Defesa de Mulher, 11 delas funcionam 24h. Além disso, há 77 salas DDMs 24h anexas aos plantões policiais, onde as vítimas são atendidas por videoconferência.

No Estado, grande parte dos crimes contra o patrimônio também apresentou diminuição no acumulado do ano, com exceção dos furtos de veículo e os em geral, que tiveram aumento de 4,6% e 2,9%, respectivamente. O primeiro indicador foi de 45.139 para 47.196 registros; o segundo, de 278.634 para 286.673.

Em contrapartida, em junho, os furtos em geral caíram 2,6%, de 49.519 para 48.218. Os de veículo foram de 7.604 para 7.774, ou seja, 2,2% a mais.

Os roubos em geral tiveram queda de 9,2% no mês, com recuo de 19.406 para 17.628 casos. Já no primeiro semestre, foram de 116.760 para 113.559, ou seja, 2,7% a menos.

Os de carga, no acumulado do ano, caíram 6,4%, de 3.249 para 3.040; no mês, passou de 492 para 477, recuo de 3%.

Os roubos a banco, por sua vez, caíram de 8 para 5 casos no primeiro semestre, registrando recorde de queda desde 2001. Em junho de ambos os anos, porém, o indicador ficou estável em 2 ocorrências.

Já os roubos de veículo, de janeiro a junho, caíram 0,5%, de 18.674 para 18.574. No mês, porém, o recuo foi ainda maior, de 13,6%. Foram de 3.265 para 2.820.

O trabalho das forças policias no Estado de São Paulo resultou na prisão e apreensão de 95.394 pessoas no primeiro semestre, 8,4% a mais do que os 87.985 detidos em igual período do ano passado. Em junho, o aumento nas detenções foi de 2%, passando de 15.239 para 15.548.

De janeiro a junho foram apreendidas 116,3 toneladas de drogas no estado. O número representa aumento de 10,9% quando comparado com o mesmo período de 2022, que teve 104,9 toneladas apreendidas. Em junho, a quantidade variou de 23,2 quilos para 22,7, recuo de 2,1%.

Foram retiradas das ruas 5.620 armas de fogo no primeiro semestre, 11,1% a mais do que em 2022, quando houve 5.059 apreensões. O aumento também se manteve em junho e foi ainda maior, de 15,3%, com 962 armas apreendidas contra 834.

O empenho da polícia ainda possibilitou que 23.060 carros que foram roubados fossem devolvidos aos donos no primeiro semestre, 12,5% a mais que no mesmo período de 2022, que teve 20.493 de veículos recuperados. Se for considerado apenas o mês de junho, o número cresce 15,2%, de 3.296 para 3.796.

O aumento de inquéritos policiais instaurados no primeiro semestre foi de 5,8%, de 180.548 para 191.035.  Já no mês passado, a quantidade foi 5,9% maior, passando de 29.776 para 31.540.

O aumento da produtividade policial é resultado de medidas tomadas desde o começo do ano no combate à criminalidade. Uma delas foi o reforço no policiamento ostensivo e preventivo, com 17 mil policiais a mais diariamente nas ruas do Estado.