Câncer de mama também pode atingir cães e gatos; entenda
17 de outubro de 2022Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a enfermidade atinge pelo menos 45% das fêmeas caninas
A campanha Outubro Rosa, sobre a conscientização para o diagnóstico e prevenção do câncer de mama, também contempla os cuidados com cães e gatos.
Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a enfermidade atinge pelo menos 45% das fêmeas caninas. No caso das gatas, a doença alcança, pelo menos, 30% das felinas.
Qual tratamento do câncer de mama em cadelas?
De acordo com a professora e doutora em veterinária, Janaína Duarte, a causa da doença envolve questões genéticas e hormonais, assim como o uso exagerado de injeções anticoncepcionais e da alimentação não balanceada.
“Uma alternativa que pode prevenir o problema é a castração antes do primeiro ano de vida. A ação tem os riscos baixos e descarta a necessidade do uso de contraceptivos”, pontua.
Com a retirada cirúrgica dos ovários, será interrompida a produção de estrógeno e progesterona, hormônios ovarianos que predispõem a formação de tumores.
Como aliviar a dor de um cachorro com câncer?
A castração não tem o mesmo potencial preventivo para o câncer de mama em animais mais velhos, uma vez que já foram realizados diferentes ciclos estrais (série de mudanças fisiológicas que se iniciam após a maturidade sexual em fêmeas), porém, a medida é válida para outras complicações, como a infecção de útero.
Os sinais clínicos podem variar dependendo do caso, porém os mais comuns são: dilatação na mama, presença de nódulos, inchaços, secreção na região mamária, vômitos, falta de apetite, entre outros.
Embora com maior raridade, a doença também pode ocorrer em cães e gatos machos e o rastreamento deve acontecer em todos os pets, independentemente do gênero, a fim verificar e tratar o problema nos seus primeiros estágios.
Palpações periódicas, que podem ser feitas pelos próprios tutores, irão auxiliar na investigação de irregularidades, que podem indicar volumes estranhos no corpo do animal.
Após o diagnóstico, o tratamento acontece por meio de cirurgias com um profissional de Medicina Veterinária.
“A visita ao médico-veterinário é importante e deve estar na rotina de cuidados. O ideal é que elas aconteçam, pelo menos, a cada seis meses”, finaliza.