Adesão a maquininhas de cartão cresce 17% em cinco anos
4 de fevereiro de 2022Recentemente, observamos o avanço dos cartões de crédito e débito no país, o que motivou os empresários a investirem em máquinas para os meios de pagamentos
O uso de maquininhas em micro e pequenas empresas passou de 39% em 2016 para 56% em 2021; para especialista, empresa especializada é opção para gerenciar vendas
A adesão de micro e pequenas empresas ao uso de maquininhas de cartões magnéticos cresceu 17% em cinco anos, passando de 39% em 2016 para 56% em 2021. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que coletou respostas de 3.520 pessoas. Segundo os entrevistados, a “satisfação dos clientes” e o “aumento das vendas” estão entre os principais pontos para a aderência aos dispositivos.
A Cielo, do Bradesco e Banco do Brasil, mantém a liderança no número de maquininhas no Brasil, com 31%, conforme levantamento do UBS Evidence Lab. A PagSeguro, por sua vez, assumiu a segunda posição, atendendo a 25% dos varejistas. A Rede, controlada pelo Itaú, ocupa a terceira posição, com 24%, seguida pela Stone, com 20%, e pela Getnet, do Santander, com 12%. O balanço foi realizado com base em 477 varejistas brasileiros.
Como resultado da crescente adesão às maquininhas, as compras realizadas por meio do sistema de cartões de crédito, débito e pré-pagos avançaram 52% no segundo trimestre de 2021 em relação a igual período do ano anterior, segundo dados da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) divulgados pela Agência Brasil. No total, foram negociados R$ 609,2 bilhões no período analisado.
Para Guilherme Mello, CEO da Loopa, empresa de tecnologia financeira, diversos elementos, como aumento do faturamento, busca por segurança, maior tempo para controle do caixa e redução da inadimplência, também são considerados pelos comerciantes como fatores de maior aderência às tecnologias.
“Há alguns anos observamos o avanço dos cartões pré-pago, de crédito e débito no país, motivo pelo qual os empresários têm investido em máquinas para explorar esse meio de pagamento, o que tem dado certo, como demonstram os dados da Abecs”, explica. De fato, segundo as últimas informações divulgadas pelo BC (Banco Central), o Brasil fechou 2020 com 134 milhões de cartões de crédito, 167 milhões cartões de débito e 23,7 milhões de cartões pré-pagos.
Comerciantes apostam em várias maquininhas
Mello afirma que, na maioria das vezes, os comerciantes utilizam mais de uma maquininha em seus negócios. “É comum encontrar um mesmo estabelecimento com maquininhas de empresas diferentes. Isso ocorre porque os donos e donas de estabelecimentos aproveitam as ofertas de taxas, descontos e condições especiais que estas empresas oferecem”.
Além disso, as empresas possuem taxas diferentes para cada tipo de venda. Logo, é comum que uma operadora tenha taxas melhores para débito, enquanto outras oferecem melhores condições para vendas no crédito.
Com efeito, o número de maquininhas de diversas redes em um mesmo estabelecimento subiu de 27% para 41% em 2021, ainda de acordo com o Sebrae.
Para Mello, há uma grande disparidade no valor das taxas cobradas pelas maquininhas, sendo que 8 a cada 10 empreendedores sofrem com alteração de taxas sem aviso prévio.
“Os comerciantes devem se atentar ao fato de que muitas taxas diferentes são cobradas em cada maquininha: o aluguel, a taxa da venda, a antecipação e serviços adicionais que as empresas oferecem. Mesmo que haja uma divergência pequena nas cobranças, se ela ocorrer em toda venda, todos os dias, pode acabar prejudicando a rentabilidade da empresa a médio e longo prazo”, esclarece.
Empresa especializada é opção para gerenciar vendas
De acordo com o CEO da Loopa, para conciliar todas as taxas das maquininhas é preciso verificar o valor cobrado em cada transação, além de checar se os valores devidos foram depositados na conta bancária de forma correta.
“Quando falamos de negócios com maior fluxo de clientes, que vendem com mais de uma maquininha e possuem mais de um estabelecimento, fazer todo o controle de forma manual acaba sendo muito moroso e suscetível a erros. Por isso, empresas especializadas em conciliação de cartões e conciliação bancária são boas opções”, considera.
Na visão do especialista, as empresas que buscam soluções do gênero devem priorizar plataformas que façam todo o processo de verificação e entreguem relatórios detalhados de cada transação, apontando se há divergências nas taxas cobradas para garantir que os estabelecimentos não estão perdendo dinheiro. Ele ainda ressalta que existem plataformas que oferecem este serviço gratuitamente.
“Através desses processos automatizados, a identificação de cobranças indevidas se torna mais precisa e rápida, possibilitando que o comerciante seja alertado o quanto antes. Afinal, as maquininhas têm que ser uma solução a mais para o seu negócio, e não um prejuízo”, conclui Mello.
Para mais informações, basta acessar: www.loopa.digital
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