Entregas mais rápidas são desejo de 95% dos consumidores brasileiros
3 de fevereiro de 2022São Paulo, SP 3/2/2022 – O treinamento do time é o que vai garantir que a implementação seja feita da maneira mais segura e o atendimento da performance operacional.
Aumento do e-commerce durante a pandemia exige que empresas tenham consolidados sistemas de gestão em operações logísticas.
O consumo durante a pandemia vem consolidando um padrão já confirmado em números. O do imediatismo. De acordo com o relatório de 2022 da Capterra, 49% dos entrevistados disseram que o prazo de entrega das suas compras online é o item mais importante, superando inclusive questões como preço. Do universo de 1.063 pessoas ouvidas em todo país, 95% delas gostariam de encurtar o tempo de espera.
É inegável que as entregas express vieram para ficar. A pandemia apenas acelerou esse processo, o que exige mais ainda das empresas em investimentos de sistema de gestão em operações logísticas para garantir segurança no manuseio preciso de embalagens e pacotes, precisão na pontualidade, entrega sem erros e agilidade no sistema de suporte ao cliente. A modalidade, inclusive, é apontada como uma das tendências para 2022, no relatório da Vendemmia, uma empresa do setor.
Além do aperfeiçoamento no atendimento das compras on-line, a pesquisa aponta que a logística se mostra ainda mais importante para a gestão das empresas a partir da criação de uma base única de informações, com uma plataforma aberta e confiável e integração de processos para aumentar a eficiência operacional. A medida permitirá gerenciamento de estoque em tempo real, o fim do pagamento por várias licenças de software de gerenciamento de cadeia de suprimentos, e o acesso aos dados em qualquer lugar e a qualquer hora, otimizando processos e planejamento.
“Na área de logística, os sistemas de gestão têm um papel de extrema importância em diversos setores da cadeia de distribuição, como o de operações de transportes e operações de armazenagem, podendo ser utilizados em versões padrão ou customizados dependendo das necessidades dos clientes e do mercado. Independentemente do tipo, existem elementos chave que podem determinar o sucesso ou não de uma implementação e, consequentemente, o sucesso de uma operação logística”, explica Renaisa Vasconcellos, que possui mais de 15 anos de experiência em implementação de sistemas e operações logísticas.
Outro foco do relatório da Vendemmia para 2022 diz respeito ao investimento das empresas em pessoas, pois, segundo define a pesquisa, o gerenciamento da cadeia de suprimentos é também o gerenciamento de relacionamentos. “O treinamento do time é o que vai garantir que a implementação seja feita da maneira mais segura e o atendimento da performance operacional. Uma vez que os usuários treinados apropriadamente executam as atividades operacionais, a tendência é que diminuam os chamados para o time de suporte que pode focar na solução técnica”, ressalta a especialista.
A capacitação de pessoas com objetivo de oferecer a elas melhor interpretação da quantidade de dados e análises geradas pelos sistemas e, assim, proporcionar a melhor tomada de decisões em suas funções, é um dos pontos em comum entre empresas de referência no mercado. Os dados são da edição 2021 do Supply Chain Top 25, da Gartner, e trazem o principal ranking de avaliação de excelência em gestão da cadeia de suprimentos.
Renaisa elenca o mapeamento de processos como o primeiro passo a ser tomado, pois é o que vai determinar os controles esperados para cada função sistêmica. “Neste passo, as atividades são analisadas detalhadamente e fluxos operacionais são definidos. Uma boa prática é a condução de workshops com a participação de pessoas que executam as atividades no dia a dia para garantir que todos os pontos sejam cobertos”, avalia.
O investimento em infraestrutura logística é apontado pelo estudo “Panoramas Setoriais 2030”, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como peça relevante no desenvolvimento do país. Estrutura de planejamento de longo prazo amparada por uma contabilidade econômica, financeira e ambiental, estruturação de marco regulatório setorial que forneça segurança econômica e jurídica aos investidores e incentive a propensão a investir, e investimentos na matriz de transportes são apontados como desafios para a evolução do setor.