Um livro revelador de segredos históricos – A RAZÃO FILOSÓFICA
13 de julho de 2016Rio de Janeiro-rj 13/7/2016 –
Se é possível entender de forma clara, “por que o Brasil não tem filósofos” ou, “a origem de Deus no imaginário dos homens” ou ainda, “quem foi de fato o autor da Doutrina Cristã”, é preciso ler nas entrelinhas para descobrir e entender que houve uma tradição judaica subterrânea, que sobreviveu e prosperou à margem do judaísmo tradicional e do cristianismo, por isso, ler e refletir cada página dessa obra, é como explorar uma mina de conhecimentos inesperados.
O texto a seguir é um exemplo do que é possível extrair da leitura das entrelinhas. Enquanto você se delicia em saber que até o reinado do Imperador Domiciano, o controle da Igreja primitiva estava nas mãos dos familiares de Judah, o autor da Doutrina Cristã, é possível, unindo fatos e acontecimentos fartamente referenciados, ter conhecimento de uma terceira corrente judaica, como segue:
Quando o reino judeu caiu no ano 73 dC, historicamente, duas correntes do judaísmo ganharam o mundo: O judaísmo tradicional a partir da escola fundada por Yohanan ben Zakkai, da “Casa de Hillel”, ainda sob os olhares de Vespasiano e o judaísmo messiânico, que se transformaria no cristianismo. Contudo, havia uma outra corrente judaica, que mesmo zelosamente perseguida, a história com maestria, sempre procurou ocultar, fazendo-a esquecida e ignorada do grande público e poucos se deram e se dão conta de que, tradições como a Alquimia, o Ciclo do Graal, a Ordem dos Templários, os Cátaros, os Rosa-Cruzes e a maçonaria, para citar algumas denominações, são partes dessa corrente.
Recentemente; trabalhos arqueológicos estão trazendo à luz, evidências concretas dessa terceira via do judaísmo, como a descoberta de um afresco de Sansão numa sinagoga do século V, levando nos ombros o portão de Gaza e um suntuoso elefante, paramentado, com escudos, colar e arreios. Sansão é considerado um juiz e herói bíblico, uma espécie de precursor do messias, contudo a literatura rabínica nunca lhe foi favorável, por desaprovar seu comportamento sexual com mulheres não judias.
O afresco de Sansão na sinagoga sugere assim tradições fora do círculo rabínico tradicional da mesma forma que o elefante sugere a tradição Hasmoneana, significando a primeira representação de uma história apócrifa dentro de uma sinagoga. Outro mosaico descoberto e que foge ao círculo tradicional judaico, retrata três homens com mantos ornados com “gammas”, aqui representado pela letra grega “eta”, que simboliza a harmonização de quatro “gammas” ou dois Taus, que a tradição cristã indica como sendo o símbolo da ressurreição.
A descoberta desses mosaicos, nos diz; que houve uma corrente judaica distinta daquela que conhecemos pela vasta literatura e isso lembra a cisão tão bem documentada por Flavio Josefo na “Guerra dos Judeus” entre a classe dirigente da Judeia pró Roma e os seguidores da filosofia de Judah e dos essênios. Essa cisão também é possível vislumbrar no entendimento contrário de Rabi Akiva e Rabi Yochanan ben Tursa sobre o messianismo de Bar Kochba, quando o primeiro o reconhece como Messias de Israel em desaprovação ao segundo e a toda a tradição rabínica posterior.
Devemos assim entender, que; além do judaísmo rabínico e do judaísmo messiânico, outra corrente judaica sobreviveu e prosperou à queda do reino judeu e à sombra de ambos.