Aumento de casos de Covid não deve fechar fronteiras entre Brasil e Estados Unidos em 2022

Aumento de casos de Covid não deve fechar fronteiras entre Brasil e Estados Unidos em 2022

17 de janeiro de 2022 0 Por Redação Em Notícia

Brasileiros na fila do visto americano devem manter seus planos, segundo especialista

O ano de 2022 começou trazendo um novo cenário de insegurança para os brasileiros que esperam o tão sonhando green card por conta do aumento de casos de Covid 19 em todo o mundo. Nos últimos 10 anos, mais de 132 mil brasileiros obtiveram o documento que concede direito à residência permanente na América. E a previsão é que, diante das diferenças econômicas cada vez maiores entre Brasil e Estados Unidos, ainda mais brasileiros pleiteiem o green card em 2022. A previsão é do especialista em imigração Mark Morais, advogado brasileiro-americano que já atuou como promotor e agente federal do governo dos EUA.

No começo da pandemia, as embaixadas e os consulados americanos foram fechados temporariamente em todo o mundo. No Brasil, foram 20 meses de espera até a reabertura das vagas para entrevistas de vistos de turismo nos postos consulares, em novembro de 2021, quando se encerraram as medidas restritivas entre EUA e Brasil. A fila para as entrevistas ainda é grande, mas tende a diminuir por conta de mais vagas disponibilizadas pelo sistema de agendamento”, explica Mark Morais, que também é proprietário da Mark Morais Law Firm, escritório localizado em Miami.

Um dos motivos pelos quais Mark acredita que o aumento do número de casos da doença não deva comprometer os processos de vistos para os Estados Unidos foi a redução do tempo de isolamento para pessoas contaminadas. Ainda em dezembro de 2021, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) baixou de 10 para 5 dias o afastamento social de pessoas que apresentam os sintomas da doença.

“Essa redução do tempo de isolamento demonstra uma perspectiva bastante positiva para esse ano, mesmo considerando que a alta taxa de transmissão da variante Ômicron. Essa nova onda de contaminação deve vir de forma bem mais branda do que a contaminação do começo da pandemia, por isso não há motivo para pensar em fechamento de fronteiras”, afirma Mark.

Segundo o especialista, quem já está com processo de green card em andamento não deve pensar em refazer os planos para este ano. A única exigência para quem viaja para solo americano, mesmo que para turismo, é a apresentação do comprovante das duas doses da vacina.

“Essa comprovação só não é exigida para entrar nos Estados Unidos em casos muito específicos e mediante um comprovante legal de alguma restrição médica ou religiosa de que a vacina poderia trazer algum comprometimento sério para o viajante”¸alerta. 

Quanto ao alto número de casos entre os americanos, para Mark não há motivo para alarde e a matemática é claro: quanto mais pessoas testadas, maior o número de casos confirmados.

“Se pegarmos como exemplo o caso da Florida, que foi um Estado que, praticamente, não fechou fronteiras e nem teve lockdown, vamos ver um crescimento bastante significativo da economia durante a pandemia, assim como um aumento também considerável de residentes. Na Florida, existe teste gratuito para a população em quase todas as esquinas da cidade, então, quanto mais pessoas testadas, maior é o número de casos confirmados. Essa variante é mais transmissível, porém menos letal, tanto que o número de mortos pela doença não tem crescido na mesma proporção”, alerta Mark.

Sobre Mark Morais

Mark Morais é advogado de Imigração e proprietário da Mark Morais Law Firm, escritório americano responsável por processos jurídicos de vistos e green cards para os Estados Unidos. 

Mark é o único advogado brasileiro-americano que já trabalhou nas 3 principais agências federais de imigração dos EUA (USCIS, CBP e ICE) desempenhando as funções de Promotor de Imigração, Oficial de Asilo Político e Policial Federal de imigração e Alfândega.

Mark Morais é formado em Direito e Administração de Empresas no Brasil e é Doutor em Jurisprudência nos Estados Unidos. Ele é licenciado para praticar Direito no Estado da Flórida e também na Capital Federal (District of Columbia).

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