Altas produtividades no algodão passam pelo manejo adequado de pragas e doenças

Altas produtividades no algodão passam pelo manejo adequado de pragas e doenças

1 de outubro de 2021 0 Por Redação Em Notícia

Com estimativa de aumentar produção em quase 16% em relação a 20/21, cotonicultores devem estar atentos à incidência das lagartas, manchas e do bicudo-do-algodoeiro

A recuperação esperada do mercado para o algodão na safra 2021/2022 deve representar uma virada de página para a cotonicultura brasileira. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de uma elevação de 15,8% em relação à temporada 2020/2021, com produção de 2,71 milhões de toneladas da pluma. “A demanda interna e externa estará mais aquecida no próximo ano, por isso devemos ter mais áreas destinadas ao cultivo. Com essas expectativas, o produtor deve intensificar as boas práticas no campo para conseguir contornar as possíveis perdas por pragas e doenças e seguir com uma boa safra”, comenta o Diretor de Marketing de Portfólio de Proteção de Cultivos da Bayer, Mauro Alberton.

Com as instabilidades climáticas que podem se estender até a próxima temporada, o cotonicultor deve ficar atento à incidência das doenças foliares, das lagartas e do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), que têm causado grandes perdas para o algodão nos últimos anos, principalmente no estágio de florescimento e enchimento dos frutos. “É de extrema importância a escolha de variedades menos suscetíveis, o monitoramento contínuo da lavoura e as aplicações corretas de fungicidas e inseticidas para obter o máximo de produtividade”, completa Alberton.

No Cerrado, onde se concentra a maior parte da produção nacional da pluma, as condições climáticas, de alta umidade, são favoráveis à incidência de fungos, com destaque para a mancha de ramulária (Ramularia areola)  e a mancha alvo (Corynespora cassiicola). Pensando no desafio que é fazer o controle de doenças neste ambiente, a Bayer desenvolveu o Fox Xpro, que conta com três ingredientes ativos que possibilitam ação tríplice no complexo de doenças do algodão. A fórmula atua nas diferentes fases do ciclo de vida do fungo e proporciona mais sanidade às plantas – o que se transforma em maior potencial produtivo.

“A carboxamida BIXAFEN presente no produto, juntamente com o Trifloxistrobin e o Protioconazole, tornam o produto um aliado do produtor, contribuindo com outros modos de ação, sejam eles de sítio específico ou multissítio”, ressalta Mauro. “Vale reforçar que o agricultor deve pensar sempre no sistema produtivo da cultura como um todo para ter um controle cada vez mais efetivo destas doenças nas lavouras. A mancha alvo, por exemplo, é uma doença muito importante na soja e que no algodão tem ganhado relevância. Por isso, é importante que o manejo preventivo do fungo seja feito considerando todo o sistema, já que a doença pode permanecer nos resíduos da cultura anterior”.

Quando o assunto é praga, segundo o especialista, o produtor deve se atentar ao bicudo-do-algodoeiro – que pode reduzir em até 70% a produtividade da pluma. Diversas características tornam o inseto uma praga de difícil controle no algodão, entre elas a diapausa (hibernação da praga), o ciclo biológico curto e a alta capacidade reprodutiva. Por isso, entre as estratégias de manejo da praga, a aplicação de inseticidas é uma importante ferramenta.

“No caso do bicudo, a Bayer passou a oferecer o Curbix, que proporciona efeito de choque e residual prolongado no controle do inseto. Por ter um modo de ação diferente, seu uso contribui para programas de manejo de resistência a inseticidas. Dessa forma, é possível reduzir a pressão de seleção de pragas menos sensíveis aos outros defensivos e manter altos níveis de controle do bicudo na cultura”, explica Alberton.

Manejo começa pela biotecnologia

Outra ferramenta essencial para aprimorar o controle das pragas é a escolha da biotecnologia. Segundo o Diretor de Negócios de Soja e Algodão da Bayer, Fernando Prudente, a biotecnologia é uma aliada do produtor para proteger a lavoura contra o ataque de lagartas e de plantas invasoras, além de impactar na produtividade, rentabilidade e em um plantio mais sustentável.

A  Bayer conquistou a liderança na cotonicultura nas últimas safras, com a adoção de variedades com a tecnologia Bollgard por 51,2% do mercado. Para a próxima safra, o produtor poderá contar também com a terceira geração da biotecnologia desenvolvida pela empresa. “Temos alcançado resultados bastante positivos em produtividade, sanidade e qualidade de fibra com o Bollgard® 3 RRFlex. Na comparação com as variedades similares existentes no mercado, registramos um potencial aumento de produtividade de aproximadamente 6 arrobas de pluma/ha e potencial redução de US$ 328,00/ha no custo médio com inseticidas em relação a materiais não Bt”, explica Prudente.

O lançamento faz parte da estratégia da Bayer para o manejo de insetos na cultura do algodão e levará ao cotonicultor ampla proteção contra os danos causados pelas principais lagartas que atacam a cultura, como falsa medideira, curuquerê, lagarta rosada e lagarta da maçã, além de adicionar proteção contra espécies de lagartas dos complexos Spodoptera spp e Helicoverpa spp.

“No que tange o controle de plantas daninhas, o produtor tem a flexibilidade para usar o glifosato em seu manejo, uma vez que biotecnologia é tolerante a este herbicida. Trata-se, portanto, de uma solução que protege e potencializa a produtividade do cotonicultor. Por isso, diversas cultivares com a tecnologia estão à disposição do agricultor, sendo comercializadas por algumas empresas de melhoramento genético de algodão, como a Deltapine, Embrapa, Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMA) e Tropical Melhoramento & Genética (TMG)”, finaliza Fernando.

Website: http://www.agro.bayer.com.br

Compartilhe: